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Disciplina no esporte

  • Publicado: Terça, 25 de Agosto de 2020, 15h48
  • Última atualização em Terça, 25 de Agosto de 2020, 15h48

Levantar cedo, exatamente às 5h50, é rotina para os Cadetes. O mesmo acontece quando o assunto é atividade física.

O Treinamento Físico Militar (TFM) é uma das atribuições dos que escolhem a carreira para suas vidas.

E por conta da rotina diária de exercícios, o acompanhamento individualizado dos Cadetes feito pela Seção de Educação Física (SEF) se mostra uma preocupação efetiva da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). 

Capitão Garcia, da SEF, afirma que o incentivo à prática esportiva é fundamental dentro da rotina de uma Organização Militar, mas que nenhuma modalidade deve ser feita sem o olhar atento e as orientações de um calção preto (referência aos profissionais da SEF).

O mesmo vale para os leitores deste texto e que estejam no mundo civil. Todo profissional de Educação Física tem muito o que passar e suas dicas são valiosas para o ganho de resistência e a prevenção de lesões futuras. 

Dentro da Academia, aos montes e em todas as manhãs, é possível ver de perto inúmeros Cadetes e demais militares fazendo o seu TFM. Em tempos de COVID-19, este treinamento tem sido feito individualmente e de maneira menos intensa que o habitual, conforme recomendam os órgãos de saúde.

 Segundo o Capitão Garcia, o fortalecimento em academias, que realizam um trabalho neuromuscular, é fundamental para que o esporte seja visto como algo prazeroso. “Vale ressaltar, ainda, que a sobrecarga não acontece somente no esporte, ela também é vivenciada no dia a dia, em outras atribuições inerentes à profissão. A má postura, a má alimentação, o excesso de trabalho e a falta de noites de sono adequadas somados  contribuem para uma sobrecarga, que pode desencadear em uma lesão”, revela o Capitão. 

Quando elas aparecem, devem ser cumpridas à risca três fases de acompanhamento na busca da recuperação:  médica, fisioterapeuta e muscular. 

Mas na AMAN, a disciplina é levada a sério por Cadetes, que se transformam em atletas e até olímpicos. É o caso do Cadete Cavalcante, do 4º ano de Artilharia. Campeão de Karatê, ocupou a 18ª posição no ranking brasileiro, em 2018. O apoio da SEF para seus treinamentos individualizados foi um dos pontos fundamentais para sua vitória no tatame.

Entretanto, os profissionais da SEF analisam que, apesar do nível elevado dos Cadetes, nem todos têm predisposição a isso. Até por que, o atleta olímpico vive para competir. A vida se volta para o esporte. Os Cadetes da AMAN têm, além do esporte, as obrigações complementares da formação, tais como a rotina acadêmica, os exercícios previstos de campo e também os inopinados. 

Mas é possível conquistar excelentes resultados e até olímpicos com essa equipe de peso. Em nível estadual, por exemplo, os Cadetes da AMAN estão em condição elevada na modalidade de Pentatlo Militar Masculino, por exemplo. 

O acompanhamento dos profissionais da AMAN vai além do que se vê nas quadras, piscinas, pistas e no campo. Para percorrer e alcançar o objetivo de alta performance, é também necessário o aconselhamento de um nutricionista para redução dos percentuais de gordura e  ganho de condicionamento. “Potencializamos o treino do Cadete para alcançar o seu desenvolvimento. Também sabemos que é preciso a consultoria de outros profissionais. Tudo isso, depende do que o Cadete quer e o que ele mesmo percebe que precisa melhorar”, revela. 

E para isso os profissionais da SEF também recorrem à tecnologia. Fazem análise de vídeo para verificar as condições de cada um. 

O esporte está longe de ser somente uma importante ferramenta para a melhora do condicionamento físico. A busca constante pela melhoria de desempenho também soma à a vida social. Os Cadetes descobrem, ao longo de seu preparo, grandes amigos, sejam eles profissionais da SEF ou companheiros de turma, que viram irmãos para a vida toda. Mais importante que as competições, são essas relações afetivas criadas, a partir do esporte. 

Em tempos de COVID-19, basta olhar para reparar. São inúmeros os grupos criados para a prática de esporte em diversas cidades brasileiras, dentro do que se conhece como o novo normal. O esporte beneficia os que praticam e incentiva os que ainda não começaram a iniciarem uma atividade. O profissional orienta sobre como dar o primeiro passo na corrida, a primeira pedalada na bike e até a primeira braçada na piscina. 

“Eu comparo o esporte como um medicamento, mas nem todo mundo pode prescrever. As pessoas interessadas devem procurar uma atividade física, mas direcionada. Em tempos de pandemia, os exercícios físicos devem ser mantidos.  O recomendado é treinar sem máscara, tendo em vista a barreira de oxigênio que ela representa. Para quem teve o coronavírus ou teme exercitar-se devido à pandemia, recomendo treinos leves, caminhadas, corridas, seja em parques ou até em casa/na esteira”, finaliza!

 

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