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SIMAF: Simulação & Realidade

  • Publicado: Segunda, 19 de Abril de 2021, 19h28
  • Última atualização em Segunda, 19 de Abril de 2021, 20h06

Apesar do cenário tranquilo, na Seção de Simulação da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), o preparo contínuo visa o enfrentamento da guerra.

Em uma abrangente grade curricular de ensino acadêmico e técnico, o cadete é  peça fundamental para a Seção de Simulação, que conta com o Simulador de Apoio de Fogo (SIMAF) e o  Simulador de Batalha (SIMBAT).

Entre o real e o virtual, eles podem contar com o apoio de quem um dia também foi cadete. Instrutores altamente capacitados que ensinam e aprendem com as novas ferramentas, que passaram a integrar o acervo da AMAN, em 2016.

A partir do recebimento da nova tecnologia, a curva de aprendizagem dessa turma que aspira ser oficial foi significativamente positiva.

Veja nos dois gráficos, a evolução da nota dos cadetes.

Ainda, segundo o artigo do Capitão André Luis Simião Bridi intitulado “O rendimento escolar dos cadetes do curso de Artilharia e o emprego do simulador de apoio de fogo na instrução”, publicado na Revista Sangue Novo, de 2019, o fato de o SIMAF começar a atuar junto aos cursos de Artilharia, Infantaria e Cavalaria colabora para a formação integral necessária ao oficial, pois trabalha suas habilidades, incentiva o conhecimento e conquista competências essenciais para os comandantes de pequena fração.

Opinião compartilhada pelo Major Borges, instrutor-chefe do SIMAF. “Enquanto era cadete,  o treinamento de cada função era na prancheta, calculávamos manualmente os alcances e demais tomadas de decisão. Quando íamos para a prática, já era valendo, ou seja,  o tiro real. A simulação permite padronizar as condições meteorológicas, massificar o procedimento,  dar mais disparos, corrigir  erros até atingir a perfeição, além da maior atenção do instrutor a cada cadete”.

O ganho intelectual e técnico também vem aliado à otimização dos recursos financeiros. Trata-se de um aprendizado valioso para o futuro oficial, conforme apontado na curva de aprendizagem.

Em termos de sustenbilidade econômica, os números são ainda mais relevantes, segundo afirma Capitão Ventura, coordenador do 3º ano de Artilharia. “Cada instrução utiliza, no mínimo,  28 disparos. Considerando que cada granada, por exemplo, custa R$4 mil, há uma economia gigantesca para o Brasil, sem perder o significativo aprendizado”.

Instrutor no SIMAF, Tenente Capanema também destaca outro ganho importante na vinda da tecnologia para a vida do cadete. “ Na simulação, já chegamos a utilizar munição não existente no Exército Brasileiro, o que aumenta substancialmente o contato dos militares com a realidade existente mundo afora”.

Na sala de instrução, o cadete Souza do 3º ano de Artilharia afirma se sentir mais seguro para novos exercícios. “A gente simula diversos cenários de combate e funções, o que nos dá uma visão mais ampla e, ao mesmo tempo, mais meticulosa e organizada das decisões a tomar”.

Prova de que a prática gera a perfeição, é a Operação Chuva de Aço, na qual os cadetes do 3º ano do curso de Cavalaria participaram, no dia 13 de abril. Para garantir o sucesso da atividade e o preparo dos futuros oficiais,  o Pelotão de Morteiro Pesado recebeu instrução prévia de morteiro 120 milímetros na Seção de Simulação para, em seguida, participarem do tiro real. 

A  tecnologia é o exemplo da modernização do Exército Brasileiro em prol da excelência na formação do futuro oficial combatente de carreira.  

Há mais de dois séculos, a AMAN tem agraciado o Brasil com a entrega de dezenas de milhares de militares para diversas Organizações Militares. São esses multiplicadores  que mostram na prática que vale a pena o árduo e diário trabalho fortalecedor dos valores e tradições dessa histórica Academia.

A REVISTA SANGUE NOVO pode ser lida neste LINK.

 

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