Aprendizado de nossos cadetes
Artilharia na Operação Manda Bala, Infantaria em visita externa, Engenharia em operações e Material Bélico em apoio logístico.
Falando assim, é complexo compreender tamanha abrangência do aprendizado dos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) nas instruções de natureza militar.
Os instruendos vivem na AMAN, em regime de internato, pois a formação militar exige dedicação e prontidão. Ao longo de quatro anos, o currículo abrange conteúdo acadêmico e treinamentos técnicos.
Nas instruções de natureza militar, ao longo do ano, os cursos são demandados em diversas operações, que visam desenvolver habilidades e competências fundamentais ao futuro oficial.
Em maio, na semana de 2 a 7, o 3º ano da Infantaria realizou o Pedido de Cooperação de Instrução a uma Organização Militar (OM) de Blindados na Guarnição de Santa Maria, no deslocamento aproveitaram para conhecer as peculiaridades e atividades realizadas por outras OM (8º Batalhão de Polícia do Exército, 19º Batalhão de Infantaria Motorizado, Centro de Adestramento Sul e Centro de Instrução de Blindados). No destino final da viagem, em Santa Maria, nossos cadetes realizaram instruções técnicas com blindados, com a finalidade de prepará-los para uma operação de Marcha para o Combate e Ataque Coordenado, ações realizadas na mesma visita. No retorno, assistiram a uma demonstração de ataque coordenado executado pela Força-Tarefa Subunidade, do 29°Batalhão de Infantaria Blindado; conheceram o 7º Batalhão de Infantaria Blindado, em Santa Cruz do Sul – Rio Grande do Sul, o 62º Batalhão de Infantaria, em Joinville, Santa Catarina, e o 20° Batalhão de Infantaria Blindado, em Curitiba, Paraná.
Também, em maio, o 2º ano do curso de Infantaria realizou a Operação Sertanejo, com a finalidade de executar missões tipo patrulha nível pelotão e grupo de combate, com foco em ações de destruição, ressuprimento e emboscada. O início do exercício foi marcado com uma marcha avaliada de 8km, recebimento de missões, planejamento, ordem à patrulha e execução. No decorrer da semana, os conhecimentos foram ampliados com um sistema de rodízio, em que os cadetes puderam executar as diversas funções existentes dentro de um pelotão, como Comandante, Subcomandante, Comandante de Escalão, o que visa o melhor preparo técnico-profissional para futuramente exercer sua principal atribuição.
A Engenharia mostrou que não há rotina na vida militar. Os cadetes do 2º ano participaram da Operação Braço Firme, que visou o lançamento de um campo de minas na área de instrução da AMAN. A missão bem cumprida é mais um ponto na conquista de conhecimento técnico, liderança e perseverança.
Todas as atividades realizadas no primeiro semestre dão tom do dinamismo inerente desta Academia. Em 210 anos de formação, seu ritmo nunca diminuiu, ao contrário, ganhou proporções cada vez maiores e em constante consonância com a atualidade.
A Artilharia esteve engajada na Operação Coronel Jorge Teixeira. O 3º ano foi acionado para a realização de uma Patrulha de Reconhecimento de Posição de Artilharia, na área de instrução da Academia, oportunidade em que realizaram o reconhecimento do intinerário e da posição de Artilharia a ser ocupada dentro de um território em que a população local era contrária à permanência do Exército Azul. Já os cadetes do 2º ano da Arma participaram da Escola de Fogo de Instrução 21. E foi na atividade que executaram os trabalhos do Observador Avançado. No cumprimento de suas missões normais, o combatente ocupa um local favorável que lhe dá condições propícias para observar e ajustar o tiro de artilharia (Central de Tiro e Linha de Fogo).
Os cursos de Material Bélico (Mat Bel) e Artilharia juntos. O Mat Bel e o Arsenal de Guerra de São Paulo estiveram na realização do tiro técnico de diversos materiais. Foram empregados os Obuseiros 155mm M114 AR, 105mm M101 e o 105mm L118 Light Gun.
Essa é a AMAN, que entrega anualmente oficiais combatentes de carreira ao Brasil.