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Aspirantes da Turma Tenente Iporan Nunes de Oliveira recebem suas espadas

  • Publicado: Terça, 12 de Dezembro de 2017, 12h49
  • Última atualização em Quarta, 27 de Dezembro de 2017, 12h05

Emoção! Alegria! Orgulho! Sensação de conquista, engrandecida com a consolidação de valores militares. Esses sentimentos, com certeza, estiveram presentes nos corações e mentes dos 428 novos Aspirantes a Oficial da Turma Tenente Iporan Nunes de Oliveira, que no dia 2 de dezembro de 2017, receberam suas Espadas. Ao prometerem "cumprir rigorosamente, as ordens das autoridades a quem estiver subordinado, respeitar os superiores hierárquicos, tratar com afeição os camaradas, com bondade o subordinados, e dedicarem-se inteiramente ao serviço da Pátria, cuja honra, integridade e instituições, defenderão com o sacrifício da própria vida”, incorporaram em suas almas, não só um grande e nobre compromisso, mas a perspectiva de servir ao Exército Brasileiro e à Nação e a pautar suas vidas por um amor incondicional à carreira das armas. Agora, no momento em que se dirigirem às unidades militares que irão servir, levam na bagagem a expectativa normal de um jovem oficial, a prontidão para o trabalho árduo e a esperança natural de um futuro de sucessos na carreira.

Além dos 428 Cadetes brasileiros, oriundos de todas as regiões do país, foram declarados Aspirantes a Oficial 5 Cadetes de Nações Amigas: 1 paraguaio, 1 peruano, 1 nigeriano, 1 senegalês e 1 do Suriname.

 

Histórico: Tenente Iporan Nunes de Oliveira

Nascido aos 20 de dezembro de 1917, em Cuiabá (MT), Iporan Nunes de Oliveira era filho de Joaquim Pinto de Oliveira e Theonila Nunes de Oliveira. Ingressou na Escola Militar do Realengo, sendo declarado Aspirante a Oficial em 8 de janeiro de 1944. Logo em seguida, já tendo ciência da estrutura organizacional da futura Divisão de Infantaria Expedicionária, voluntariou-se para servir no 11º Regimento de Infantaria, em São João Del Rey, Minas Gerais – um dos três regimentos escolhidos para compor a divisão.

Chegando à Vila Militar no Rio de Janeiro em março de 1944, Iporan iniciou a longa e exaustiva rotina de preparo físico que antecedeu ao embarque. O 11º Regimento embarcou para a Itália em 22 de setembro, como parte do 2º Escalão da FEB. Chegando lá no dia 11 de outubro, os soldados passaram pelo período de adaptação e armamento, antes de serem enviados ao front em novembro. Iporan, já Tenente, recebeu o comando de um pelotão da 2ª Companhia. Seu primeiro grande sucesso se deu em 12 de dezembro, quando durante um ataque a Monte Castelo, seu pelotão conquistou a localidade de Falfare. Ele lideraria 11 bem-sucedidas patrulhas ao longo da guerra, ganhando as duas classes da Cruz de Combate. Contudo, seu maior sucesso viria no dia 14 de abril de 1945, na vila de Montese.

A FEB havia recebido a incumbência de conquistar Montese, último bastião alemão sobre os Apeninos, que abriria as portas do Vale do Pó naquele setor. O ataque começou às 9h do dia 14, com dois pelotões da 2ª Companhia – do Capitão Meira Mattos – no ataque. Um deles era o de Iporan. Progredindo com dificuldade em meio a intenso bombardeio da artilharia alemã, ele e seus soldados conseguiram atingir as alturas da cidade, embora fossem cortados do restante das tropas. No dia seguinte, consolidaram as posições de dominação da localidade, destruindo os últimos focos de resistência inimiga. Por sua extrema tenacidade na liderança do pelotão durante o ataque, o Tenente Iporan foi condecorado pelo Exército dos EUA com a Silver Star – que foi-lhe entregue pessoalmente pelo General Charles Gerhalt em Cuiabá, no dia 15 de julho de 1946. Ele também recebeu a Ordem do Império Britânico, concedida pelo Marechal-de-Campo Sir Harold Alexander no Rio de Janeiro, em 15 de junho de 1948.

Após a guerra, Iporan continuou servindo no Exército Brasileiro em diversas designações por todo o país, servindo no Estado-Maior do Exército entre 1960 e 1964 – quando passou para a reserva na patente de Coronel. Faleceu no dia 3 de dezembro de 2011, na cidade de Niterói (RJ), aos 94 anos.





 

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