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Semana Marechal José Pessôa

  • Publicado: Quinta, 23 de Setembro de 2021, 19h21
  • Última atualização em Quinta, 23 de Setembro de 2021, 19h42

O Idealizador da AMAN.

A semana foi de comemorações na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), homenagens prestadas ao Marechal José Pessôa, idealizador da Academia Militar das Agulhas Negras.

Na quarta-feira, dia 22 de setembro, foi realizada a formatura alusiva à Marechal José Pessôa. Oportunidade em que um representante do Corpo de Cadetes (CC), um cadete de Cavalaria fez a leitura de um texto sobre a rica trajetória do Marechal.

Em seguida, o Subcomandante da AMAN, Coronel Maturana pediu aos Oficiais, CC e Praças presentes o aprofundamento na vida do idealizador da AMAN.  “Ele é uma fonte inspiradora para nós. Todos vocês, apeguem-se aos seus valores e tradições”, afirmou.

Na quinta-feira, dia 23 de setembro, foi a vez do CC assistir a uma palestra ministrada pelo Professor e pesquisador da AMAN, Coronel Roesler, sobre a vida de Marechal. A atividade foi realizada no Teatro General Leônidas.

Coronel Neves, Assessor Cultural da AMAN, apresenta abaixo um breve histórico de Marechal José Pessôa.

 Sobre o Marechal José Pessôa

 O Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em Cabaceiras, na Paraíba, em 12 de setembro de 1885. É um dos nove filhos de Cândido Clementino e Maria Pessoa Cavalcanti de Albuquerque.

José Pessoa iniciou a sua trajetória na profissão militar cursando a Escola Preparatória e de Prática do Realengo. Depois frequentou também a Escola da Praia Vermelha e a Escola de Guerra de Porto Alegre, onde foi declarado Aspirante de Infantaria e de Cavalaria em janeiro de 1909.

Após movimentada carreira de Oficial subalterno, em 1918, como primeiro-tenente realizou estágio na escola de formação de oficiais franceses, a atual Escola Especial Militar de Saint-Cyr e combateu nos campos de batalha da Europa junto com os franceses, na 1ª Guerra Mundial, permanecendo adido ao 4º Regimento de Dragões do exército francês.

No pós-guerra, realizou o curso da Escola de Carros e o curso prático de Artilharia de Assalto, ambos em Versailles, na França, onde absorveu as inovações doutrinárias dos carros de assalto e escreveu o livro “O tanque na guerra européia”. Foi o pioneiro da introdução dos blindados no Brasil.

Em 1930, foi nomeado Comandante da Escola Militar do Realengo.  Sua atuação na Escola Militar deu um novo rumo à formação do oficial do exército.

Com privilegiada visão, o novo comandante adotou uma série de medidas: o retorno da graduação de cadete, extinta por influência republicana no governo de Prudente de Moraes; a mudança nos uniformes; a criação do brasão e do Corpo de Cadetes; a reformulação dos regulamentos e a adoção do espadim, réplica da espada invicta do Duque de Caxias, símbolo da própria honra militar.

Mas a sua maior transformação foi a do projeto de transferir a sede da formação dos oficiais do Rio de Janeiro para Resende. Os projetos começaram logo durante o seu comando no Realengo, com a escolha da cidade de Resende e as primeiras abordagens arquitetônicas para a nova escola. Em 1938 iniciou-se a construção, concluída em 1944. Apesar de a nova sede chamar-se Escola Militar de Resende, em 1952 houve a mudança de denominação para AMAN, ocasião em que o General José Pessoa estava presente na formatura. 

Em 12 de setembro de 1949, após quase meio século dedicado ao Exército Brasileiro, deixou o serviço ativo. O comandante da Escola Militar de Resende, General Cyro do Espírito Santo Cardoso, prestou uma significativa e marcante homenagem ao general José Pessôa. Passou-lhe o comando simbólico da Escola em um dia de festa: entrega de espadins. A cerimônia que ocorria, normalmente, no Largo do Machado foi trazida para Resende especialmente para prestar honras a José Pessoa que se emocionou ao proferir estas palavras:

“Eu creio na vossa inteligência e na cultura que estais adquirindo nesta Academia; creio na vossa dedicação, na vossa fé nos destinos do Brasil; creio no vosso patriotismo, que há de renovar o Exército e leva-lo à posição de mantenedor da paz no nosso continente; creio na rija têmpera da vossa juventude, que tudo há de levar por diante num clima de honestidade, de pureza de caráter, de trabalho fecundo e de coragem cívica; creio na vitória de vossas armas e de vossos ideais; creio no vosso destino glorioso; creio no nosso Exército; creio na grandeza e na pujança da nossa Pátria”.

Como sua última missão exerceu a presidência da Comissão de Planejamento e Localização da Nova Capital Federal do país. Realizou, em companhia do Arquiteto Pena Firme, o mesmo que o ajudou na idealização da AMAN, todo o planejamento da criação de Brasília, que seria denominada Vera Cruz e teria uma conformação semelhante à atual, incluindo o Lago Paranoá e que posteriormente serviu de base para os trabalhos de Oscar Niemeyer e de Lúcio Costa.

O Marechal José Pessôa foi um militar extraordinário, de grande capacidade profissional e invulgar cultura geral, tendo exercido inúmeras comissões no exterior e no Brasil e atingido o mais alto posto do nosso Exército.

A mais significativa de suas realizações é sem sombra de dúvidas a edificação da Academia Militar das Agulhas Negras.

Apoio: Assessor Cultural da AMAN, Coronel Neves.

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