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Primeiras Aspirantes nas OM

  • Publicado: Quarta, 09 de Fevereiro de 2022, 14h54
  • Última atualização em Quarta, 09 de Fevereiro de 2022, 14h54

Belém (PA) – No início do mês de fevereiro, a Aspirante a Oficial Sarah Cassani Leite, 22 anos, e a Aspirante a Oficial Maria Eduarda de Melo Silva, 22 anos, apresentaram-se, respectivamente, no 8º Depósito de Suprimentos e no Parque Regional de Manutenção da 8ª Região Militar, organizações militares sediadas em Belém. As militares fazem parte da primeira turma de oficiais da área de logística do Exército Brasileiro composta por homens e mulheres, já que antes, apenas homens ingressavam na  Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). 

A formação da turma de 2021 AMAN constitui-se em um marco para a Força Terrestre. As aspirantes a oficial dessa turma e das seguintes terão a oportunidade de seguir a carreira de oficial, trabalhar pela defesa do País e alcançar a maior patente da corporação, tornando-se generais. 

As cadetes da turma puderam optar entre as áreas de intendência e material bélico. As Aspirantes Sarah e Eduarda Melo se graduaram em Ciências Militares e se especializaram em Intendência. Elas vão atuar na área de logística, incluindo distribuição de materiais, uniformes, equipamentos individuais, operando também com gêneros alimentícios, serviços de lavanderia e banho. 

Para a Aspirante Eduarda Melo, as principais motivações para ingressar na carreira militar foram o pai e o avô, que são militares. Ela ressalta que os pilares do Exército, hierarquia e disciplina, são herança de berço, e muito exaltados por ela e sua família. Já para a Aspirante Sarah, que não é filha nem parente de militares, a motivação surgiu primeiro na mãe, responsável pela sua inscrição no concurso. A militar, que relata estar vivendo a melhor experiência de sua vida, destaca que almeja fazer a diferença nesses próximos dois anos em que servirá em Belém. 

Formação

No dia 17 de fevereiro de 2017, foi iniciada a formação da primeira turma na Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx), em Campinas, que incluiu alunas. Eram 40 alunas em um total de 446 jovens. Com idade entre 16 e 21 anos, esses jovens foram aprovados após uma rigorosa seleção, com exame intelectual, inspeção de saúde e exame de aptidão física, além de uma fase de adaptação. O curso na EsPCEx dura 46 semanas e é a etapa inicial da formação dos oficiais da linha de ensino bélico da Força Terrestre.

Após esse período de preparação em Campinas, se obtiverem rendimento satisfatório, os alunos podem ingressar como cadetes na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), em Resende (RJ), onde escolhem qual carreira militar seguir, dando início, assim, a mais quatro anos de treinamento.

Na EsPCEx e na AMAN, os jovens de ambos os sexos tiveram a mesma rotina de estudos e práticas, que inclui técnicas militares, como ordem unida, regulamentos e normas do Exército, armamentos, topografia, orientação, idiomas e treinamento físico.

Mulheres no Exército

As mulheres ingressaram oficialmente no Exército Brasileiro em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. A Força Expedicionária Brasileira contou com 73 enfermeiras. Já em 1992, a primeira turma com participação de mulheres foi matriculada na Escola de Administração do Exército, atual Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército (ESFCEx), localizada em Salvador. Na época, a instituição formava oficiais do Quadro Complementar. Hoje, forma, ainda, oficiais do Serviço de Saúde e do Serviço de Assistência Religiosa.

O Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro (RJ), teve mulheres integrando as turmas a partir de 1997, para o Quadro de Engenheiros Militares (QEM). No mesmo ano, a Escola de Saúde do Exército (EsSEx), também no Rio de Janeiro, formou a primeira turma de oficiais médicas, dentistas, farmacêuticas.

 

Fonte: CMN
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