AMAN conclui Estágio de Caçador 2022
HOJE TERÁ VÍDEO NOVO NO CANAL VEM SER CADETE, A PARTIR DAS 21h.
Resende-RJ- A Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) realizou de 4 a 15 de julho a XXII Edição do Estágio de Caçador.
Se para quem acompanhou, por meio de nossas redes sociais as inúmeras atividades realizadas pela Seção de Tiro da AMAN e demais Organizações Militares já foi emocionante, que dirá para os estagiários oriundos da Academia Militar, da Academia da Força Aérea e da Escola de Sargento das Armas.
O Estágio teve seu início com a participação de 36 estagiários, dos quais 27 concluíram a formação, após passarem por diversas provas, dentre elas Avaliação de Distâncias; Tiro em distâncias desconhecidas; Tiro em Alvos móveis; Caçada e emprego do Caçador em operações urbanas, dentre outras atividades.
Antes de partirem para o Tiro em distâncias desconhecidas, o Cadete Maturana e a Cadete Cardeal seguiam determinados em cumprir mais uma missão, justamente por saberem da grande oportunidade que o estágio representa em suas carreiras.
O Cad Maturana, estagiário 13, é um dos 21 que participaram do curso. Do 4º ano da Arma de Cavalaria, ele destacou a amplitude de conhecimentos adquirida. “É uma grande experiência participar do estágio e transpor os obstáculos impostos a nós”.
A Cad Cardeal, estagiária 21, do 3º ano de Intendência, também destaca a importância do curso para o curso que escolheu. “Especificamente para o intendente, o estágio qualifica o militar a ser capaz de analisar quando um Caçador representar um perigo para sua tropa”, destaca a jovem.
Um Caçador atua em diversas frentes no combate.
Na equipe de 2022, estiveram Oficiais e Praças. “O Oficial que conclui esse curso irá atuar na formação de outros militares. O Praça concludente estará capacitado para atuar como Caçador”, afirma o
A atividade de Tiro em Distâncias contou inicialmente com a leitura de um texto alusivo à atuação do Caçador.
Em seguida, os instrutores determinam as normas para a realização do tiro. Sob pressão, os estagiários efetuam os disparos (um militar fica como atirador e outro como observador, em seguida, há modificação das posições dos estagiários). O acerto no alvo desconhecido é determinado por um “som metálico”. Se houver erro, o observador comunica ao atirador para que ele possa corrigir e acertar na próxima oportunidade, tudo em 10 segundos. Caso haja um novo erro, a prova desliga o estagiário que não atingir média sete.
A segurança está presente em cada detalhe, em cada prova realizada, pois o mais importante é a integridade de cada Estágiário.
Na segunda semana de curso, de 11 a 15 de julho, os militares passaram por inúmeras provas de fogo, a mais emblemática é a Caçada, que configura-se como uma prova em que o Caçador deve realizar um tiro e permanecer imóvel no terreno por um longo período de tempo, a fim de que sua posição estratégica não seja denunciada para o instrutor. Em consequência, deve avançar no terreno e atingir seu objetivo, que é o de eliminar um alvo predeterminado.
Vencer todos esses obstáculos torna o militar um caçador eficiente multiplicador do poder de combate e que terá pela frente as missões eliminar e neutralizar alvos e destruir meios materiais, seja em situação de guerra e de não guerra.
Ao final do estágio, uma formatura realizada no dia 15 de julho na Seção de Tiro celebrou o feito desses novos Caçadores. Na oportunidade, o Comandante da AMAN felicitou os concludentes.
HISTÓRIA SOBRE O ESTÁGIO DE CAÇADOR
A formação do caçador ficou efetivamente conhecida, após o envio de um Oficial do Exército de AMAN, Coronel Ferreira ( que passou para a reserva remunerada este ano de 2022) para uma escola especializada nos Estados Unidos: a United States Army Sniper School, em Fort Benning– oportunidade em que ele realizou o curso de sniper diretamente no Exército daquele país, tendo sido o único militar estrangeiro a se formar na escola. Com isso, Cel Ferreira, em conjunto com outros militares, desenvolveu o primeiro programa-padrão para formação de caçador. Uma grande vitória para o aprimoramento constante do militar do Exército Brasileiro.
“Há tempos o Exército Brasileiro observa a importância incontestável desse tipo de atirador nos conflitos recentes. Em função disso, iniciou um trabalho pioneiro para desenvolver conhecimentos e doutrinas sobre o atirador de precisão”, é o que destaca o Capitão Merlim, à época 1º Ten Merlim em artigo publicado no Exército Revistas. Acesse AQUI.
Na AMAN, os primeiros esforços, segundo o artigo, se deram em 1973, com a primeira instrução ministrada sobre o tema “Caçador, na Seção de Instrução Especial.
Um salto na história, e no ano 2000, foram desenvolvidas pesquisas voltadas para a formação do caçador no EB. Tal iniciativa recebeu o nome de “Caçador da AMAN” e gerou diversos frutos, dentre eles o desenvolvimento de um fuzil de fabricação nacional, o AGLC (Athos Gabriel Lacerda de Carvalho), produzido pela IMBEL, utilizado nos dias atuais pelos estagiários.
Parabéns a todos os concludentes do estágio.