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Otimismo, Esperança e Fé na Missão "O Espadim"

  • Publicado: Segunda, 08 de Agosto de 2022, 19h52
  • Última atualização em Segunda, 08 de Agosto de 2022, 19h52

 

Chegamos ao mês do Espadim: após de 13 jornadas, a AMAN finalizará os preparativos imediatos e retoques finos, equipada assim de entusiasmo vibrante, quando, enfim, veremos o magnífico resultado dos ajustes e dos treinamentos realizados em todos os âmbitos da vida organizacional. Da convocação à realização, da limpeza detalhada às ordens bem executadas, dos convites formais às despedidas finais, tudo reluzirá como o brilho das barretinas e com os mesmos reflexos solares do simbólico Espadim.

Ah... O nobre Espadim! Como percebemos com o olhar da mente e com sazonados afetos no coração, o Espadim é o nobre filho primogênito do invicto e paterno Sabre de Caxias, é a seta do glorioso futuro que aguarda o seu tão jovem portador, é o livro de aço forjado na cálida valentia dos guerreiros, é a poesia imortalizada pela honra presente aos ideais do Marechal José Pessoa.

O Espadim é, com máximo louvor e augustos méritos, “o próprio símbolo da honra militar”. Naquele inesquecível ritual castrense, cada exemplar numerado do Espadim, erguido outrora pelo garbo de gerações passadas, será solenemente confiado à mais moderna, ainda em marcha nas trilhas formativas do saber e do fazer.

Como moldura da festividade, o digno cortejo de ilustres visitantes receberá uma digna e justa recepção. Após a calorosa acolhida de nossa gente, ouviremos as vozes e os aplausos de agradecimento dos entes queridos de nossos cadetes, especialmente os de seus pais, arduamente comprometidos com o sucesso de seus filhos e filhas, pois emerge sobre as ondas comemorativas do evento a vitória familiar dos heroicos cadetes.

 A vibração dos instruendos do Curso Básico e a fidalguia de seus instrutores e de seu ilustre Comandante darão o tom glorioso ao megaevento, porque não o dizer, nacional em suas consequências. Por isso, considerei conveniente falarmos sobre o otimismo, a esperança e a fé na missão, que devem reger nossos dias vindouros.

Esta tríade de virtudes sobrepujam o fato de serem palavras elegantes enfeixadas, nas quais confiamos e das quais fazemos um mantra atrativo de boas energias. Elas são mais que isso. Elas são o indicativo de que o sucesso dessa empreitada conjunta, depende, desde já, daquele empenho individual e coletivo com que cada líder e sua equipe demonstrarão o seu compromisso irrenunciável e total, sem reservas. Como o Papa Francisco dizia há algum tempo: “Há uma coisa pior que a pandemia. É o vírus do ‘salve-se quem puder’, rapidamente traduzido no lema ‘todos contra todos’”.

Agora, mais que antes, somos todos AMAN, somos todos Corpo de Cadetes. Sim, a Solenidade da entrega do Espadim é tarefa sobretudo coletiva! Eis que é chegada a hora, e é agora, em que a lentidão e a omissão seriam nossas ferozes inimigas no terreno do dever. Ademais, ninguém estará autorizado a derramar lágrimas turvas de lamento quanto à falta de recursos materiais ou à escassez de meios humanos, ou ainda quanto ao velho azar que ronda os operários do bem, como um leão procurando a quem devorar, geralmente à procura de vítimas distraídas e desprevenidas.

Eis o momento de garantir que em nosso cantil já dispomos das abundantes águas do otimismo, da esperança e da fé, para socorrer as boas sementes já plantadas em nossa agenda há vários meses. Apesar das dificuldades enormes e normais, que existem e continuarão a existir em toda obra boa, a esta altura do calendário vale a pena lembrar das famosas palavras da música eivada de brasilidade, na voz de Gonzaguinha: “Ah, meu Deus, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será.

Sim, a Solenidade do Espadim pode e deve ser bem melhor este ano... e o será! Tal como ensinava-me um sacerdote amigo, “Depende de você e de mim que a vida seja mais bonita” , pois o otimismo vibrante, a esperança firme e a fé na missão das Agulhas Negras são os melhores ingredientes que injetaremos nas atividades finais em prol da Solenidade em foco. Daí virá a alegria do fazer a coisa certa e do jeito mais aprimorado.

 E, para aqueles militares que não se alegram com uma festa de tão primorosa grandeza e não se empenham em torná-la, a cada ano, ainda mais perfeita que em suas edições anteriores, peço humildemente que se recordem das vigorosas palavras do General Douglas MacArthur (1880- 1964), dirigidas aos jovens cadetes de West Point: “És tão jovem quanto a tua fé, tão velho quanto a tua dúvida; és tão jovem quanto a tua esperança, e tão velho quanto o teu desencanto... Se um dia o teu coração começar a ser mordido pelo pessimismo e roído pelo cinismo, que Deus tenha misericórdia da tua alma de velho”.

1 . Convivendo diariamente com essa “mocidade vibrante” , conforme os dizeres do General Felipe ao adjetivar nossos cadetes, não há como permitir-nos uma ‘alma de velho’. Somos todos uma jovem AMAN. Somos todos CURSO BÁSICO! Por isso, nos dias sugestivos que viveremos, renovemos o nosso otimismo, a nossa esperança e 1 In FAUS, Francisco, Otimismo cristão hoje, Diálogo de Fé, São Paulo, Quadrante, 1996, p. 7. a nossa fé na missão. Ao lado de tantos cadetes dedicados e valentes, que perfazem a maioria de cada turma, todos nós nos tornamos, de certo modo, bem mais jovens.

 Assim rejuvenescidos, experimentaremos como a Palavra de Deus se cumpre em nós, tal como ela vem expressa no Livro do profeta Isaías: "O Senhor é um Deus eterno. Ele cria os confins da terra, sem jamais fatigar-se nem se aborrecer; ... Ele dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco. Até os adolescentes podem esgotar-se e jovens robustos podem cambalear, mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; Ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar" 2 . Eis o que Deus nos promete, caros amigos.

Se os próximos dias se mostrarem um pouco mais carregados de missões e se as próximas semanas fizerem emergir, mais patente, alguma precariedade de meios ou recursos, não percamos a oportunidade de dirigir uma fervorosa oração 2 Livro do Profeta Isaías 40, 28-30. ao Bom Deus, a fim de que tudo se resolva da melhor forma. A raiz primeva da palavra “precariedade” é identicamente a mesma da palavra “prece”. Isso parece nos sugerir que, diante das precariedades de nossa existência, a prece humilde continuará a demonstrar uma maior eficácia e a gerar as melhores soluções.

Amigos, nada de imprecações maléficas, nada de inseguranças! Pensemos apenas no trabalho e elevemos incessantes preces! Lembraremos da infinita bondade com a qual Deus sempre nos escuta e solicitamente nos atende. Saúde, paz e muitas benção para nossa Família Acadêmica e seus apoiadores.

DEUS SEJA LOUVADO Pe. Uyrajá LUCAS Mota Diniz – Cap SAREx Capelão Militar da AMAN

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