Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR... Pastor Profírio - Capelão Militar
Início do conteúdo da página
Últimas notícias

ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR... Pastor Profírio - Capelão Militar

  • Publicado: Terça, 10 de Outubro de 2023, 14h35
  • Última atualização em Terça, 10 de Outubro de 2023, 15h24

ENSINA A CRIANÇA NO CAMINHO EM QUE DEVE ANDAR


“Ensina a criança no caminho em que deve andar,

e, ainda quando for velho, não se desviará dele”.

Provérbios 22.6

 

     Não há, para o ser humano, uma experiência mais divina e maravilhosa que a paternidade e a maternidade. Todos os que já foram iniciados neste mister hão de lembrar da primeira vez que tomaram os seus rebentos em suas mãos. Um misto de alegre euforia e temerosa responsabilidade tomou cada coração naquele dia. Estava diante dos encharcados olhos uma parte de nós. Aliás, a partir daquele momento, a parte mais importante de nós. As crianças possuem um estranho poder de transformar as nossas vidas. Depois delas nada é como antes. As decisões que tomávamos com o desassombro próprio da juventude passam a ser pensadas e repensadas com uma alta dose de reflexão e preocupação, pois, agora, tudo que fazemos e escolhemos tem repercussão nas vidas daqueles entes que tanto amamos e queremos proteger.

     As nossas crianças trazem-nos um novo sentido de existência, um mais apurado senso de responsabilidade e um renovado vigor. Devidamente autorizado, compartilho acerca de um pequeno vídeo que assisti há algumas semanas. Naquele filmete via-se o Cel Linhares e o pequeno Matteo, seu sobrinho neto, que o fazia “de gato e sapato”, como diz o ditado. A criança com apenas um ano levava o velho Coronel a rolar e rastejar no chão como nos bons tempos do jovem Cadete Linhares. Isto tudo tendo muitas risadas como trilha sonora. Era vista uma efusiva alegria e disposição que nenhum medicamento ou terapia seriam capazes de proporcionar. Ao mesmo tempo, o Cel Linhares falava-me do sentimento de proteção e provisão que aflorara naquela relação. Isto me fez pensar que a relação com as nossas crianças é mesmo uma via de mão dupla na qual todos doam e todos recebem. Se por um lado os nossos filhos são o instrumento divino que nos doam maturidade e renovação, por outro, nós somos para eles os guias que os instruirão para uma vida próspera e feliz.

     Quando celebramos outubro, o mês da criança, devemos ter consciência que mais do que os presentes que podemos comprar, é a oportunidade de aproveitar a ocasião para refletirmos sobre o nosso papel e renovarmos o compromisso com os nossos filhos. Nas palavras do sábio Salomão, nós temos a missão de forjarmos em nossas crianças valores e sentimentos que darão o azimute às suas vidas. Sabemos, à luz da ciência e da experiência, que não somos os únicos atores a exercerem influência sobre as nossas crianças. Professores, líderes religiosos, amigos, parentes e personagens midiáticos têm, em certa medida, a sua contribuição na formação dos indivíduos. Contudo, por missão divina, somos nós, pais e mães, quem mais poder deve exercer na modelagem comportamental dos nossos filhos. O psicólogo canadense e professor da Universidade de Stanford, Albert Bandura, desenvolvendo a teoria da aprendizagem social, afirma que o estado mental daquele que está aprendendo desempenha um papel fundamental no processo de absorção de conhecimento. Em outras palavras, educa-se pelo exemplo e pelas ações. Os afetos que permeiam cada ato e palavra nossos são capazes de potencializar as lições que queremos transmitir e perpetuar.

     Com a graça de Deus, o pequeno Matteo crescerá com saúde física e emocional, pois não lhe falta exemplo e amor, que modelarão o seu caráter adestrando-o para lidar com os desafios da vida adulta. Assim será com os nossos filhos, os quais já começam a fazer as suas primeiras escolhas, e também com os filhos dos nossos filhos, pois acreditamos no poder dos sentimentos que semeamos em suas vidas. E para concluir, permitam-me citar o Dr. Bruce Narramore, psicólogo norte-americano, especializado em psicologia cristã: “A autoimagem de uma criança é muito flexível. Se quisermos que ela fique deprimida e sinta que não presta, podemos conseguir isso. Tudo o que é necessário é uma constante dieta de julgamentos de baixo valor. Ela vai logo acreditar em nossas avaliações e incorporá-las à sua autoestima. Por outro lado, podemos fazer com que a criança sinta seu imenso valor, mostrando-lhe nosso amor incondicional. Quando ela errar, focalize na má conduta, não no seu valor”.

     Que Deus abençoe com a sua graça as nossas crianças!

 


“No bom combate da fé!”

Pr. Émerson Couto Profírio – Cap

Capelão Militar da AMAN

registrado em:
Fim do conteúdo da página