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Mensagem do Capelão Militar (Pastor Profírio)- O Exercício de uma vocação

  • Publicado: Sexta, 27 de Outubro de 2023, 17h37
  • Última atualização em Sexta, 27 de Outubro de 2023, 17h37

 

O Manual de Liderança do Exército destaca o “Pundonor Militar” como um dos quatro princípios éticos fundamentais na vida do líder militar. Este princípio diz respeito ao compromisso que se firma com a honra, o respeito, a integridade e a dedicação ao dever, o qual é responsável pelo bom clima organizacional e o consequente zelo com a imagem individual e da Força Terrestre. Em suma, o “Pundonor Militar” fala sobre a boa conduta militar diante da tropa e da sociedade civil. Militar é sempre militar. Não há momento em que podemos nos despir da vocação das armas para vivermos uma vida comum. Quaisquer palavras, atitudes ou mesmo omissão, reverberam em todo o Exército. Este é o peso da nossa vocação, pois toda vocação exige uma conduta compatível com os seus princípios.

            Este entendimento encontra um paralelo na vocação cristã bem definido pelo apóstolo Paulo nas seguintes palavras: “Portanto, quer vocês comam, quer vocês bebam, ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Não sejam motivo de tropeço para ninguém” (1 Coríntios 10.31,32). O militar deve ser um padrão para a sociedade, não se espera menos que este nível de exigência, assim como São Paulo não exigia menos dos cristãos. Tudo isto parece ser muito óbvio, porém, o óbvio precisa ser reforçado, sobretudo quando notamos que boa parte da juventude dos nossos dias tem adquirido muito conhecimento, mas pouco tem se preocupado com a sua boa conduta frente à sociedade. Vivemos o tempo do “vale tudo por um like”. O Dr. Samuel Couto Cabral, teólogo e psicólogo da educação, ao constatar este fato, afirma: “Atualmente existe na sociedade uma juventude e adolescência muito bem formada, porém pouco educada. Os centros educacionais, as escolas e todo este 'universo' do ensino, por circunstâncias diversas, pouco justificáveis, estão descuidando da educação adequada. A palavra educação, quando não está confundida com tradição, deixa de ser dinâmica e caminha de pernas mancas”.

            O mundo para o qual os nossos Cadetes estão sendo enviados é um mundo, em grande parte, que tem rechaçado aquilo que, justamente, os temos ensinado: A honra, o respeito, a integridade e a dedicação ao dever. Em outras palavras, a vocação militar é um repositório de valores caros, que mesmo estando “fora de moda” precisam ser manifestos, tais e quais um farol que orienta o navegante na voragem do mar. Cada militar tem o dever, eu diria até, o dever cristão, de ser o mais justo e perfeito naquilo que exerce. Ao tratar com responsabilidade a sua vocação, dando o seu melhor e visando o bem comum, ele pode ter a certeza de estar exercendo um verdadeiro sacerdócio. Assim, cabe a cada um de nós, que teme a Deus e honra a farda, que deve formar sucessores, os quais darão o rumo da nossa Força no futuro, um exercício diuturno de vigilância da nossa própria conduta, afinal, somos todos modelos para os que nos sucedem. Ao lado deste sempre constante autoexame moral colocamos também as nossas orações a fim de que o Senhor dos Exércitos nos guarde do mal de uma vida mesquinha e egoísta. Que Ele nos livre de sermos uma mácula para o nosso glorioso Exército. Desta forma, cada um cumprirá a sua vocação.

 

    Que Deus nos abençoe!


“No bom combate da fé!”

Pr. Émerson Couto Profírio – Cap

Capelão Militar da AMAN

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